What about colors?

Quantas não são as vezes que olhamos para um cartaz ou um flyer, e sentimos que está ali um vazio enorme? Ou porque está muito confuso, ou porque as cores não condizem... sei lá!? Ás vezes a publicidade que lá está até pode ser interessante, mas "o chamar a atenção de quem passa" não está lá e não funciona… Pois é.. o objectivo deste site é também despertar a sensibilidade artística de quem quer criar. O problema não é "encher" de cores.. já vi muita publicidade extremamente simples, mas que quando olhamos.. ficamos fixos a olhar porque está visualmente agradável!

Nesta entrada não vamos aprofundar ainda a parte artística, isso fica mais para a frente, porque é importante em primeiro conhecer alguns conceitos!

Vamos então rever alguns deles:

O que são afinal as cores?

- As cores são interpretadas pelo nosso sistema visual através da luz que as superfícies emitem quando são atingidas por fontes luminosas.

Um aspecto importante que por vezes cria algumas confusões são as cores primárias. Pois é.. existem dois tipos de cores primárias distintos: as cores materiais (daquilo que é táctil) e as cores luminosas, e distinguem-se por serem:

1. Sistemas aditivos (cores da luz)

2. Sistemas subtractivos (cores materiais).

Mas então qual é a diferença?

Em primeiro, nas cores materiais, as primárias são o Azul, o Amarelo e o Magenta. São as cores que usamos por exemplo para pintar, ou para imprimir uma fotografia com os tinteiros das impressoras. E este é um sistema subtractivo porque a "soma" destas cores dá o Preto.

No sistema aditivo, as três core primárias são o Vermelho, o Verde e o Azul. E este é um sistema aditivo, porque quando juntamos estas três cores obtemos o Branco.

Nos softwares de edição de imagem existem nomes específico para definirem estes dois sistemas de cor: o CMYK para o subtractivo (Cyan, Magenta, Yellow and Black) e o RGB (Red, Green and Blue) para o aditivo.

E isto interessa para que?

É fácil.. Quando criarem uma imagem num software de edição, como por exemplo o Photoshop, tenham em conta qual vai ser a finalidade da vossa criação. Se pretendem imprimir a imagem usem o CMYK, se a finalidade for apresentar a imagem num monitor, retroprojector etc. usem o RGB.

Já agora uma pequena dica, quando a ideia é imprimir numa impressora normal, como as das nossas casas, existe uma pequena excepção. Estas impressoras já vêm com controladores pré-preparados para não darem trabalho ao utilizador! A dica é usarem o sistema RGB quando imprimirem em casa. Mas como já devem ter percebido este não é o sistema de cores mais aconselhado por ser um sistema que representa a luz e utilizado para visualizar imagens nos monitores e não para imprimir em papel. Por exemplo, quando fazemos uma foto com uma máquina digital, esta vem em formato RGB. Já viram o que era ter que mudar o sistema de cores de cada fotografia que quisessem imprimir? Já para não dizer que a conversão entre estes dois formatos altera determinados tons.

Quando a finalidade é imprimir numa gráfica, aí já devem usar o CMYK, porque as impressoras deles são bastante mais rigorosas e para que a fidelidade cromática seja a mais real possível.

É também de notar que um ficheiro em CMYK ocupa normalmente bastante mais espaço em disco do que um ficheiro em RGB.

Vamos agora passar à parte mais interessante!

Como combinar as cores de forma agradável? Vamos então falar de Cores Complementares.

As cores complementares são basicamente as cores que se opõem num circulo cromático.

Normalmente estas cores combinam muito bem quando juntas duas a duas, mas por vezes só isso não chega!

Uma boa composição não deve misturar muitas cores de gamas diferentes. Se estiverem a trabalhar por exemplo com tons azuis, a utilização de letras brancas é agradável, mas se utilizar letras em vermelho.. tudo o resto quase desaparece e a leitura quase fere a vista.

São estes pequenos pormenores que devem ser tidos em conta quando produzimos alguma coisa, e o cuidado nunca é pouco, porque quanto mais tempo passamos em frente de um trabalho mais familiar nos parece. O problema é que quase deixamos de ter a percepção daquilo que está bem ou mal. Por isso é aconselhável parar de vez em quando e depois de algum tempo voltar a olhar para perceber o que se pode mudar ;)

César Castro